Powered By Blogger

quarta-feira, 25 de março de 2009

CISNE

Isse...
Foi um tempo que rimou
Era um tempo que as coisas davam
O ritmo da sua mao velha, da tua perna velha...
A prata que saltaria do colo se nao fosse pelo peito que danca rindo por acaso
Meio que balangando, cajado que espia os anos tocando.
Foi deste medo que voce saiu
Eu sou a neta insegura das 6
Insegura e pelada, franzia esses musculos,
Pelada sem nenhum metro seguro...
Totalmente pelada.Nao nua!
E ela deitou este seu coracao metido no vermelho, e aceitou tudo, como se tudo fosse um punhado de farinha que alguem expressou por fim
Nisso, a carroca crua andava e nao dava sinal de querer chegar
Foram muitos anos de sal, fui muito tempo uma simples peneira
Foi-se ali sem saber quais e quais,...
Nu, corpo mural, mexido por acaso, na fila das almas que vem sem perseguicao...
Quem vem assim?Nunca ouvi isso antes.
Como sonhar sem deixar que as janelas te levem pra mim...
Isso existe?
Nao, eu continuo descascando milho, o som faz bem pra mim
Isse...
Eu faco melhor que todas...eu sou rapida!
Eu faco sim e ai dos olhos e seus miolos!
Ja fiz a noite.
E as velas subiam como meu desejo poente, e eu disse a ele...
Ia!Eu disse mais de duas vezes num mesmo suspiro...
Isse! eu rimei, eu desejei com tantas palavras.
Minha fe falava o tempo inteiro, eu gritei, eu gritava!
Eu gritei como uma vaca parindo
Eu gritei um tanto assim...olha minhas maos velhas...um tanto assim!
Um soco no peito, um pulada franca, uma expressao da epoca.
Eu plantei saude um ano inteiro, porque eu num nasci para ser muda
Ms eu sou o fruto disso tudo...
Sabe...eu adoro ser velha
Porque eu sou magica e vagabunda.
E se eu estou aqui parada vendo o ele se por estatico...
Essa vida me permitiu ditar tudo isso
Do mesmo jeitinho que me ensinou uns quatro seculos atras...meu gravador de sonhos
que toca, toca, toca, toca...
Eu namorava uma serpente
Hoje, cada voz eu mudo, eu aumento uma palavra
E um livro sem fronteiras, sem margem
Que me tirou de la e me trouxe aqui
e me devolve assim, como sendo daqui e pra la...eu como a mim mesma
Eu me como toda!E como viva pra nada escapar
E nos meus bracos...pelancas de amor, silencio e prata.

Nenhum comentário: