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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Luz sem clarao

Caminhos nos dividem em perdas
Sempre se ganha...na verdade sempre se compra
porque sempre pagamos pelo algo.
Pobre vida de poesias quebradas
Pelo menos pra mim, que ja sequei o cimento
Embrulho minha voz em finos papeis de pao ou bombom
Posso ouvi-lo crepitar seco abrupto.
Estou nessa nova fase da vida, mais maduro
menos vigiado, entao perdido.
E quem mais poderia me dizer se nao aqui, esse canto meu de palavras absurdas
Onde conto os detalhes.
Foi agora, depois de muito tempo envolvido pelo meu drama
Foi agora nesses dias atras
Se soubessemos todos, quao bizarra e nossa alma e nossos pensamentos
fariamos juz ao apodrecer e perecer diante do fim.
Porque se fossemos algo de sagrado, seriamos as flores ao despertar de uma manha.
Mas somos nossos dias saos e vazios, e as necessidades hilarias, julgadas e condenadas pelas proprias vontades de faze-las a fio.
Eu caminho pelos 30 com a mesma frase ressoando minha cavia imagem.
So que agora eu me sinto menos amado e sentido.Na verdade eu sou isso tudo.
E lembro e relembro a infancia, a juventude e os abrigos que detive e os quais devo tanto.
Mesmo ainda, me pergunto se houve algo de bom...se eu tenho algo pra contar
Meu coracao reduzido com o passar do tempo, como o corpo de uma senhora velha que curva-se ao chao.
Forma indireta da natureza que diz que ela deve morrer.
Eu mudei uma grande coisa achando que mudaria muito.
Nada mudou, eu estou aqui, falando com voce.
Quando ainda bem jovem, eu fui muito valente e bravo...eu tragava no futuro minhas forcas
Eu realizava toda minha realidade nos sonhos e acreditem
Tive uma vida paralela indescritivel!
Mas hoje meus olhos caem, e quando descem perdem o brilho e a clareza
Eu me sinto apontando ao chao tambem...e como minhas verdades sao as mais verdadeiras do mundo
nao preciso repetir
Tudo se foi num turbilhao de momentos.
Meus irmaos se casaram em seus coracoes, os quartos da casa vacuos e em vao
cada um para seu lado, cada um para seu rumo
Minha mae subiu, meu pai desceu e eles se dissiparam pelos caminhos de suas vidas
Eu ainda estou naquela casa, ainda vivo sozinho, ainda nao tenho caminho.
Nao e escolha, isso e limite.
Se a piedade branda afaga nossos coracoes quentes como um vento de passe
Entao me entenda, uns tem muito e outros, tao pouco.
Eu ja chorei muito, me magoei muito!
Estou na fase do silencio...fico calado olhando a vida...invejando os outros e suas juventudes...o brilho dos seus risos...vendo os flocos da neve...almaldicoando a velhice, a pobreza, a humildade que sao os males do meu mundo.
Um dia, eu olhei num espelho sem querer...foi um susto pra mim...achei meus olhos escuros e parados...com algo dentro...algo que eu nunca havia visto antes...um brilho morto.
O que farei daqui pra frente, nao sou o principe que fui antes...sou apenas uma pessoa, enlouquecendo pelo temor, pela resistencia...
tudo o que eu tenho mais medo a vida me trouxe de presente e qualidade
E os livros me explicam q tenho que ser grato a isso...o porque eu nao sei...realmente nao sei.
Uma vez, uma mensagem morta disse para que eu me livrasse da minha dor...
Eu nao consigo, nao sei, caso contrario...eu morreria antes do que desejei...
Nao ouse me tocar, nao se aproximem de mim...nao reencostem seus ombros no labor dos meus ouvidos...e nao nasci para isso.

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