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domingo, 13 de julho de 2008

UNNEFER (O Caramelo Sagrado)


Oh!
Quantas paisagens perdi ali no momento do sol, hora que me pus a falar das horas e dos deuses que nao vivemos.E quanto sol se acabou no extremo das minhas paixoes.No fio dos meus passos.No silencio dos meus olhos que se renderam a luz do momento.Na estrada de rodas e coisas, enxerguei a saudade mergulhada num faraonico status e altar meu.
Multilado pelas cancoes frias e sem disciplina, talhei-me na pedra.Ah, a pedra!
Eu, que ergo meus bracos em todas as palavras, eu que me conformo em deitar nos dias lustrosos, quando as colinas vistas de fora, deixam sua metamorfose espalhada na imaginacao do mundo.
Dignei-me a devotar meu corpo e meu santuario em um caramelo sagrado.A cor que vibra e retorna as minhas verdadeiras inscricoes, e a minha consciencia.Deixei meus bracos escreve-lo, porque era de tanta luta aquela escrita e de tanta forma minha faca.
Quantos dias me peguei sedento por decorar meu papel, e imitar as pegadas das familias naturais, onde os labios primos dos buracos, muitas vezes mudos, dizem tudo e carregam em um segundo constante, a historia dos milenios.
E no rolar de agua e areia, salguei-me e vesti de dourado, com orlas brancas, com rajadas brandas, com brancos pessoais.Com meio cabelo, meio falso adorno, dei o toque da minha humanidade.E assim poderia entender porque usei do vigor dos bracos, para riscar na pedra.Meu papel nao era aquele.
Mas eu corro depressa, e volto para o mar como um peixe abatido.Com uma das maos na nuca e outra para o lenco sagrado eu espero meu retrato, estaria ele sendo feito pelo movimento do sagrado.E eu quero me ver, na esperanca de saber, qual e o meu melhor lado.
Sim, eu nasci de uma abertura nas bacias e canais, e de uma voz que fala mais," Abra teus bracos, entrega teu peito ao redondo do sol.Abra-te lento e constante, e confere o balanco que forma os teus, quando separados.Estais no equilibro quando prostras assim, porque tens em ti dois lados, o comeco e o fim.E agora, es um fruto julgado.Nao te aflijas, e para mim mesmo que te pinto.E para mim es um infinito desbocado.Um caramelo sagrado.
Entao eu me deformo em lamentos e constelacoes.Mil fatos correm aos metros.Ele me pintou de dourado!
E na tarde que se entregava a mim, despindo-se da geologia cosmica, tornando-se humanoide, se vingando das paixoes que passei, da paixao que lhe neguei, do ponto final que cometi.O vento que jorra e me fede de saudades, por de tras das linhas da palma e que ele le mesmo assim, sem ser dificil, sem calunias, e me entrega sem piedade aos homens e a fortuna.
Oh canta!
Ja sao horas de tarde incontrolavel.Oh! que meu sangue corre em dezespero pela cripta, que elevo meus olhos ao fim do ceu, e meus labios ao comeco do horizonte e permaneco como arma dos andes, cavalo dos anjos e pergaminho do tempo.Sentindo seu sopro e seu toque mutante.
Ah! Que sinais ilustres!Que potencia!Que milagre!Eis a sua missa Unnefer, o caramelo sagrado.

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