tag:blogger.com,1999:blog-10957616198227394412024-02-07T09:06:27.292-08:00CASA NO VENTObem vindo, rua dos bobos, numero 0.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-6069788638527165362010-09-23T20:46:00.000-07:002010-09-23T21:19:09.976-07:00CamilloAli, armado de todos os medos, andava e sabia o que ali viria.<br />Camillo, de costas para mim, de frente para as cartas, seu rosto de cristal e cheio de redeas.<br />As maos acabadas por linhas finas, de textura e lenco, com a caneta vinho que ia e voltava dos hospitais aos mundos mais infimos.<br />Criador de historias, milhares e dezenas divinamente descritas.<br />So parando que consegui entender sua beleza.E notei sua desgraca, eu hoje te entendo.<br />Como suas costas sao largas, que meus olhos se derretem em correr pelos teus.A magreza altiva e exagerada.O suspiro e o halito que ardem minha alma.<br />A cama de madeira vazada, a coberta cinza claro com jeito de aguia.<br />Os olhos arregalados enfeitados pela escuridao de um tenebroso.<br />Assim que te olho, te amo atoladamente.<br />Nao se ajoelhe e reze pois assim eu morro.<br />Nao ande por ae arrastando contigo minhas promessas no seu prumo branco.<br />Nao regozige a pureza do seu olhar contra minha maldade amiga, eu amo Camillo de todas as formas na vida.<br />Nao se mude do meu choro, nao ameace o seu, voce e meu anjo que eu vi como homem.<br />O teu veu, que nao e tua veste, te da uma ar Maria.<br />E eu te suplico, nem mais uma palavra que tua voz doi demais.<br />De tanta docura Camillo, de tanta mansidao me sinto a morrer.<br />E se seus dedos finos e compridos ameacam me conter, um segundo e eu me passo por inteiro.<br />As noites tem sido escuras, ali na mesa ainda cartas suas, em segredo.<br />Amor e tortura na luz e na revelacao.<br />Quanto mais cavo mais desajeitado fico.<br />Quanto mais me desepero, mais desperto isso comigo.<br />Camillo, como juntar minhas duas maos proximas ao coracao,<br />como cerrar meus olhos, para que o respeito e o juizo me consolem.<br />Para que eu nao te perca mais...nunca mais.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-82762476828591888542010-08-09T18:36:00.000-07:002010-08-09T18:57:02.989-07:00a agua de lourencoNessa noite em que a lua me ilude e pra vosso espanto me deito sao.<br />Me estabelece com o manso do vosso beijo e carne de vossa carne<br />Santas espadas que cruzaram as estradas, do carneiro que andara atrelado ao sino<br />Do lobo que se perdera na lua, das espadas que cruzaram o ceu.<br />A curva que me fez cair de mim a, gloria da divina gloria.No trocar dos seus dedos, na mudanca de turno de todos os santos perdi o toque e cai ali entao.<br />Nessas lugrubes arias de temidas gaivotas, na floresta que arde em chamas<br />Do fogo que bravamente ateia o bosque e que cospe o inferno de antes.<br />Eu falo daqueles que se atreveram em uma unica vida.<br />Chamarias meu nome sao lourenco, entao logo e eloquente eu toco as estrelas<br />Um remoto susurro do frio e do frio do vento que habita aqui e em mim.<br />Oh triste solidao!Se pudesse tocar-te nao com as maos, mas com um beijo.<br />Se pudesse sereno sentirRafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-41478827680739683252010-06-02T17:58:00.000-07:002010-06-02T18:20:32.774-07:00ChicoNao,<br />Nao eu nao quero mais<br />do que ir alem e ver a luz do teu olhar<br />Eu quero mais do que um sonho, eu quero mais de que ir alem e ver a luz do teu olhar<br />As paredes quando falam sao propostas tao carentes<br />O desonesto dessa dor<br />E o meu corpo voando, quanto mais eternamente sinto a falta desse olhar<br /><br />Aonde quer que eu va<br />Levo voce no meu pensamento<br />Aonde quer que eu va<br />Chico<br />Palavras ao vento<br /><br />Aonde quer que eu va<br />Levo voce no meu pensamento<br />Aonde quer que ao Chico<br />Palavras ao vento<br /><br />Subo a escada pelas ruas, disfarcando meus momentos sobre o ato de falar<br />E comungo sobre aurora, tempo passa e chega a hora de encontrar toda essa luz<br />As paredes quando falam, dao respostas tao carentes as promessas desse olhar Meu mundo voando, nada passa e eternamente sinto a falta desse amor<br /><br />Aonde quer que eu va<br />Levo voce no meu pensamento<br />Aonde quer que eu va Chico<br />Palavras ao vento<br /><br />A qualquer momento, a qualquer momento eu vou estourar<br />A qualquer momento, a qualquer momento eu vou falarRafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-41552027572470974722010-04-19T19:03:00.000-07:002010-04-19T19:20:40.802-07:00pequena oracaoQue paz!Que gloria!Gracas a Deus tudo esta bem.<br />Tudo estara bem, tudo esta bem, tudo foi bem.<br />Oh, graca, que divina minha ostia e minha vida<br />Eu, o escudo e a semente.<br />Voce, a minha eterna sabedoria, amor solidario.<br />Oh quanta paz, quanta alegria, Deus bem vindo de mim.<br />Quanta perfeicao, que singular, oh divina vida vinda de mim.<br />Que graca!Que beleza, oh, como voce e reto!<br />E que docura e emancidao.<br />Entao, oh pai estou encrustrado pelo seu palpite.<br />O bem de mim, delicado bem de mim, relicario e tesouro.<br />Se voce a minha frente esta, se voce a minha direita esta, se voce a minha esquerda esta, se voce a minhas costas esta.<br />Se estou dentro, por dentro e por fora, se estou fora e de fora pra dentro.<br />Oh se estou molhado por voce.<br />Estou na graca, na luz, quanta alegria e quanta luz!<br />Tudo esta bem, que graca, que belo, gracas a Deus tudo esta bem!<br />Tudo bem, tudo foi bem, tudo esta bem, gracas a Deus!Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-22714360200457958992010-04-18T11:46:00.000-07:002010-04-18T16:51:03.541-07:00maria madalenaEla se perguntou pelas trancas indignas ao auxiliar seu irmao.<br />Era possivel amamentar um filho, se havia veneno em seu coracao?<br />Mas assim andava maria coragem, o furgor rugia seu manto e ela<br />devota de sempre, andava na forca dos ventos sem perguntar, nem mesmo<br />no seco dos labios, por um homem que fosse.<br />Mas perguntava por um mesmo sempre, aquele que por horas lhe vinha a mente.<br />Perguntava por si quando unia seu nome ao dele.<br />Coragem, dizia ela na lingua que tantos outros falavam.<br />Andava horas e dias, cortava o deserto que hora empurrava, hora rugia.<br />Hora empurrava e a fazia cair, hora empurrava e a fazia caminhar.<br />Era sua figura impar, soldado do alem, carreta sem estrada, simplesmente corria nos seus<br />passos largos, nos olhos presos pela vida, nas unhas entrevadas contava a amargura dos pes.<br />Era possivel imprimir um gesto calido, e nao ser gravada pelas estrelas<br />Era todo esse silencio que fazia dela a chave que o pai buscava entre outros mil olhares.<br />Ela fervia como uma febre de alucinar, e quando a agua implesmente se foi,<br />ela bebia no poco dos seus labios as mensagens que lhe fariam tao bem.<br />Era possivel saber de onde vinha, e eis que depois do turbilhao, uma cabana singela<br />de um seco muito farto a chamou pelo cansaco.<br />Eu cabana lhe abri os bracos e mostrei a ela o que estava por vir.<br />Entao finalmente esse era seu descanso, esse era seu domingo.<br />Era possivel amamentar um filho, mas e o veneno de seu coracao?<br />Isso era uma mancha marrom no deserto, entao, passaram-se as horas, o sol se foi fixo e adoentado<br />e a noite chegou se fazendo brilhar muito mais do que ele.<br />Assim, trouxe o frio e a briza, pro alivio da pobre maria, o pobre corpo febril que deitado na esteira, atentava-se ao primeiro sinal de vida.<br />Os sinos gemiam e ela implorava por suplicas, agora...<br />Era ele e ela, no fim do mundo, numa terra de ninguem.<br />Era ela maria, meiga e gentil, com trancas vermelhas...mas fragil nao!jamais.<br />Se veio seguinte todo um passado, da infancia inexplicavel, da juventude alegre, da maturidade sofrida.<br />Cada sentimento lhe preenchia o querer, o olhar abundante transformou olhos negros em torrentes de aguas frias, os labios se separaram na intencao do respiro mais profundo.<br />Ela se punha jogada e detida pelo delirio de estar sendo mae...e numa incapacidade sobre-humana Empurrava o pequeno misto de sabedoria e pureza que lhe restava.<br />Maria era tao especial que teve seus passos seguidos por toda vida.<br />Era tao vil e tao incredula ate o dia que um certo alguem mudaria sua vida.<br />Mas ela calaria sem lamurias o nome do pai.<br />Por que ele coube num segundo o vazio dos seus seculos e comum como um beijo nos labios, penetrou sua bondade, dentro do pobre corpo de maria.<br />Sua alma saliente, era de toda vida, sempre envolvente, maria sofria agora da saudade de quem jamais e novamente veria.<br />Mas o presente estava ali, era agora, sim era ele...seus pes lavados e tocados, os cabelos compridos que enrolados aos seus, contemplados na promessa de amor.<br />Sentindo o coracao se abrir no reboque de uma flor, que aguardada pelos passaros...<br />Entao maria se abriu e pela primeira vez usou as maos por si, sentiu todas as dores, mas nenhuma, em momento algum, em segundo que fosse lhe incobriu a certeza.<br />Sim, era possivel amamentar um filho com todo o veneno de seu coracao e depois de tudo,<br />agarrando o filho ainda imundo pelos bracos, o sangue escorria sem pena, chorou e sofreu junto com ele, a dor de nascer nesse mundo...mas sorriu, na delicia de amamenta-lo e servi-lo...<br />E uma estrela correu o ceu, cortou e caiu, na delicadeza da estrada, no chao aspero e incaulto.<br />As lagrimas abrasadoras de maria simplesmente perceberam que nao havia mais tempo, nao haveria mais espaco para elas, entao quando silenciou, o novelho, reencostado ao seu corpo, em trajes de adao, se recompos do rompimento.<br />Ela que morria pra fora, ele que morria pra dentro, naquele choro derradeiro.<br />A partir dali, ela ja era outra e ele um rico menino.<br />Rico das riquezas mas puras e foi assim pra sempre.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-51167403090386605002010-02-15T19:41:00.000-08:002010-02-15T22:03:00.718-08:00casa branca<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZxTd1hof_FZGC2U_QTn3AEE9bYhqjz5byeYRYd1Dfjg3mwc1MVXsE_3HrKoXMEaaD8aGX3U6y3hKJ3qAlGxekquBf4kHp6u2YxPqLKlC59QSrQWnu8iFuwhwjWubdQw3HQmDgVVh2c3I/s1600-h/Casa+branca.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438699638865367458" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZxTd1hof_FZGC2U_QTn3AEE9bYhqjz5byeYRYd1Dfjg3mwc1MVXsE_3HrKoXMEaaD8aGX3U6y3hKJ3qAlGxekquBf4kHp6u2YxPqLKlC59QSrQWnu8iFuwhwjWubdQw3HQmDgVVh2c3I/s320/Casa+branca.jpg" border="0" /></a><br />Sao poucos metros num espaco de mato, mais do que cheiro de brejo.<br />Madeira escura, vidrilhos e azulejos vividos, mas todos rachados.<br />A janelinha mal cabe meu corpo dentro, mas a imagem la de fora me engole por inteira.<br />Alface, luz de um verde sem fim, um bem fisico, ondulado e regado pela agua mais fria vinda da caneca azul clara, esmaltada e com pequenos e pontilhados desgastes de ferro.<br />O chao e todo de serrado, mas o ceu e de prata.<br />Nao existem teias de aranha, porque nao ha provas pra expiar, ja passou.<br />A vida e simples e de paz, e essas maos que cubro meu coracao...e uma casinha fraterna que guardei pra voce.<br />O ceu como eu disse e marinho escuro, da cor do melhor azul.<br />Se anda de chinelos, se constroi da dor, se respira fundo e condolente.<br />Santa paz que inspira os quadros da parede da casa.<br />Se anda em silencio, ao passo de acharmos que somos apenas um vento.<br />Da colher de pau vem o melhor do doce-de-leite, de laranjas, repetidas vezes que viraram mito dentro das jarras, da matrona cadeira de vime que balanga velha la fora, rindo do tempo e do gramado ainda endocado pela chuva.<br />Ripe e ripe!<br />Nas maos negras,o alho se repete no reco-reco dos cheiros, no sabor dos aromas, na fronte dos remedios simples e atemporais.<br />Do avido sabor, saudades intensas da minha familia, a quem escuto quase todos os dias, pelos cantos e peripecias do radio.<br />Ah, raios de sol furtam minha fronte.No amarelo dele fico bonita e uma vaidade em pessoa me rouba.<br />Na cabeceira, tem uma canto de madeira preta.Eu me deito e tento encaixar meus olhos nesse pedaco sem luz, e tanta luz que eu sinto falta da noite.<br />Se o sono vem, ou nao...passaros amarelos e outros coloridos adentram minha cozinha, bebericam a sopa, sorvem meus legumes, brincam com o xico...e eu rio sem parar.<br />Me nutro do barulinho das pedras, dos tecidos alvos estirados e relejantes...neutros exibidos embalados pelo vento, acanhados pelo sol...perdidos sobre minha direcao.<br />O azul e tao intenso que eu caminho de proposito, so pra desalinhar meus cabelos, abrir meus botoes e tocar suas maos no meu lombo, no meu ventre e por fim, aos meus seios que eu ja preparei pra servir.<br />Estou falando de mim e do vento, e arfo como se fosse a um homem o meu endereco.<br />Que invencao criou meu criador, entao abro os brancos como duas arquidioceses, conteplando o meu povo e o arado espacial.<br />Sim, lambe os labios e acende esses olhos de lagrimas e desembaraco.<br />Os alfaces ainda estao la,cegos de brilho, mas agora os ajeito na companhia da salsa e umas ervas sem nove...eles tambem querem ficar bonitos.<br />O sabao das roupas e o natrao...a espuma e leve, equilibrada e o cheiro vem quando tocado na pele.<br />Os meus dedos sao claros, minhas maos se abrem num agulhao de luz, espataculos de milhares de sons e vinhedos...ah eu rodo e as maos abertas so fazem iluminar essa inteira vida de sabores e nao divisoes.<br />E fito com os dedos, e construo a minha direita, tear e sentir...guiar e clinar, a exatidao dos desenhos, agua que pinga dos vales, sombra negra mas sem maldade.<br />Quem me dera ser parte desse momento, que doce seria a vida...mas nao, sou apenas uma animadora, meu caminho eu trilho...e eles vivem sobre minha direcao...Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-14090388696781734652010-02-15T00:13:00.000-08:002010-02-15T16:59:24.008-08:00Luz sem claraoCaminhos nos dividem em perdas<br />Sempre se ganha...na verdade sempre se compra<br />porque sempre pagamos pelo algo.<br />Pobre vida de poesias quebradas<br />Pelo menos pra mim, que ja sequei o cimento<br />Embrulho minha voz em finos papeis de pao ou bombom<br />Posso ouvi-lo crepitar seco abrupto.<br />Estou nessa nova fase da vida, mais maduro<br />menos vigiado, entao perdido.<br />E quem mais poderia me dizer se nao aqui, esse canto meu de palavras absurdas<br />Onde conto os detalhes.<br />Foi agora, depois de muito tempo envolvido pelo meu drama<br />Foi agora nesses dias atras<br />Se soubessemos todos, quao bizarra e nossa alma e nossos pensamentos<br />fariamos juz ao apodrecer e perecer diante do fim.<br />Porque se fossemos algo de sagrado, seriamos as flores ao despertar de uma manha.<br />Mas somos nossos dias saos e vazios, e as necessidades hilarias, julgadas e condenadas pelas proprias vontades de faze-las a fio.<br />Eu caminho pelos 30 com a mesma frase ressoando minha cavia imagem.<br />So que agora eu me sinto menos amado e sentido.Na verdade eu sou isso tudo.<br />E lembro e relembro a infancia, a juventude e os abrigos que detive e os quais devo tanto.<br />Mesmo ainda, me pergunto se houve algo de bom...se eu tenho algo pra contar<br />Meu coracao reduzido com o passar do tempo, como o corpo de uma senhora velha que curva-se ao chao.<br />Forma indireta da natureza que diz que ela deve morrer.<br />Eu mudei uma grande coisa achando que mudaria muito.<br />Nada mudou, eu estou aqui, falando com voce.<br />Quando ainda bem jovem, eu fui muito valente e bravo...eu tragava no futuro minhas forcas<br />Eu realizava toda minha realidade nos sonhos e acreditem<br />Tive uma vida paralela indescritivel!<br />Mas hoje meus olhos caem, e quando descem perdem o brilho e a clareza<br />Eu me sinto apontando ao chao tambem...e como minhas verdades sao as mais verdadeiras do mundo<br />nao preciso repetir<br />Tudo se foi num turbilhao de momentos.<br />Meus irmaos se casaram em seus coracoes, os quartos da casa vacuos e em vao<br />cada um para seu lado, cada um para seu rumo<br />Minha mae subiu, meu pai desceu e eles se dissiparam pelos caminhos de suas vidas<br />Eu ainda estou naquela casa, ainda vivo sozinho, ainda nao tenho caminho.<br />Nao e escolha, isso e limite.<br />Se a piedade branda afaga nossos coracoes quentes como um vento de passe<br />Entao me entenda, uns tem muito e outros, tao pouco.<br />Eu ja chorei muito, me magoei muito!<br />Estou na fase do silencio...fico calado olhando a vida...invejando os outros e suas juventudes...o brilho dos seus risos...vendo os flocos da neve...almaldicoando a velhice, a pobreza, a humildade que sao os males do meu mundo.<br />Um dia, eu olhei num espelho sem querer...foi um susto pra mim...achei meus olhos escuros e parados...com algo dentro...algo que eu nunca havia visto antes...um brilho morto.<br />O que farei daqui pra frente, nao sou o principe que fui antes...sou apenas uma pessoa, enlouquecendo pelo temor, pela resistencia...<br />tudo o que eu tenho mais medo a vida me trouxe de presente e qualidade<br />E os livros me explicam q tenho que ser grato a isso...o porque eu nao sei...realmente nao sei.<br />Uma vez, uma mensagem morta disse para que eu me livrasse da minha dor...<br />Eu nao consigo, nao sei, caso contrario...eu morreria antes do que desejei...<br />Nao ouse me tocar, nao se aproximem de mim...nao reencostem seus ombros no labor dos meus ouvidos...e nao nasci para isso.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-12812534711872577812010-01-17T18:26:00.000-08:002010-01-17T19:08:39.076-08:00Meias palavrasSe fosse decidir, nao estariamos assim, todos...aqui.<br />E tentar ainda terminar por dizer coisas boas, como se a frase pudesse mudar uma vida velha.<br />Se fosse assim, eu nao estaria aqui, por anos em que pesados meus escudos, vindos de muito longe, me levam por tremerem as pernas.<br />As navalhas que feri-me sempre por querer.Eu nao acompanho os desvios da chuva pelo acaso...eu nao consigo.<br />Eu gosto quando isso vira uma agua podre quando chega a terra...e muito homem isso.<br />O que era do ceu, chega e cai na desgraca de adquirir nossos toques.<br />Otimismos e otimistas me abalm por um agudo momento, trazem a euforia da droga e as trepides do drogado.Mas passou.<br />Eu fito mais as estrelas como de comum.<br />Eu exprimo o que sou, do pouco que tenho...porque foi assim, quando me vi sem nada, perdido de tudo...entao eu vi, que eu nao tinha nada...nada de ninguem, nem de mim.<br />Agente vira aquela alma fragil que amedronta aqueles de fora...vai se fechando, segregando naquilo que nao deu certo e nas tentativas mortas...o destino.<br />Quando os poneys e cavalinhos ainda passavam suaves por mim, eu ficava espiando minhas pernas de longe...porque eu achava que elas poderiam parecer mais fortes, e eu esperei tanto por isso.Eu e meu severo mundo.<br />E hoje eu percebi, que eu perdi esse amor pela vida e pelas pernas.<br />E porque ao falar de mim eu teria que ser nobre.Porque nao ser vil e reticente.<br />E o que eu vejo, e um relato decente e um tanto indecente.<br />Entao se eu for assim, entao eu sou.<br />Porque empurra minhas perdas na cadeira da abstracao teologica...no crer porque tem que ser assim...porque nao me manter aqui sentando nesse meu quarto pesado pelas minha mas nuvens e deixar que isso me tome ate o fim.<br />Se isso nao me basta, se nao me conheco ou conheco ate demais que me assumo...ate hoje me lembro da minha arvore que me plantou nessa terra...ate hoje volto la, pra ver se ela ainda esta<br />la...e nem o direito de ficar eu tive.<br />Foram outras milhares de farta e vidrinhos, trincando minha carne e meus ossos...meus olhos parecem doces, mas nunca foram claros.<br />Alguns em verdade nascem porque eles ecovam essa soberba forca de sair e brotar...outras nao podem, nao sabem e ficam cambaleando...como homens que usam saltos...tentando andar em linha reta...linha essa que sempre lhes faltam.<br />Essa e a verdade de muitos homens...e nem os otimistas sao capazes de mudar suas realidades.<br />Otimistas sao irritantes, a racas como nos.<br />Desculpa...a carta de um louco...e no silencio que a loucura se manifesta...na minha vida as pessoas nunca me viram como era, nao sera agora que verao...<br />A vida que para alguns e uma bencao, para outros e um fardo.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-69757608951451691132009-12-14T03:39:00.000-08:002009-12-14T04:05:19.497-08:00Mudo e sobrevivo.O bem se opera nas extremidades, seja do fundo ao alto da montanha.<br />Espere amanha para saber.Esse seu olhar de janelas ajuda.<br />Olhar o ceu e deixar atemorecer pelas lagrimas, elas sao uma saida banal,<br />O coracao deixa voce e sai em busca de uma volta.<br />Habita a cidade, as coisas mesquinhas da vida ou todos que andam nas ventanias.<br />Si-o...o ceu que e um esbravejo so, pode...entao ate ele esta nos seus dias de clima.<br />Porque entao...eu, nao me deixaria a seu sereno, o sabor dos meus desabores.<br />E tudo si repito, meio que fraco ainda...andar por ae sem rumo, ainda sentindo os desabores da vida...<br />Isso me delicia...porque eu ando, ando e ando...<br />E ao lado que me otimista, eu vejo...uma coisinha ali, um homem cinza...arvores verdes no topo e suas folhas afundadas que seguem para serem secas...e uma luz na meia luz...e o bando de jovens que me atropelam rindo...sao as casas que mudam, os caes que latem...<br />Que bom, que ainda a tudo tenho...no gesto do olhar.<br />E ver? Pergunta de um dos caes que com a lingua estendida pra mim...ele parece que ri...<br />E somos tao parecidos...eu e ele.<br />Ja eu, me afastei de tudo porque eu me visto...e ele se tem apenas em como foi acreditado...por algum, por alguem de algum lugar...<br />E eu, quem me cre.<br />A mim...extradio meus valores, eu passo!<br />E me de...me de uma vida como a dele...<br />Em quatro patas, em pelos...<br />E um sorriso, que eu jamais vou esquecer...Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-60904876202354904062009-05-03T18:42:00.000-07:002009-05-22T21:25:25.699-07:00CartilhaApesar dos anos...<br /><br />Estou muito certo de que o caminho se seguira a tempo.<br /><br />Do repentino jeito que as vezes nos embaracam.Do engano que o sapato velho se faz no sapatiar.<br /><br />O particular de uma carta serena escrita por uma serenata.<br /><br />Essas coisas lindas me consolam.Se colidem com um brio quase vazio.Encanto cansado.<br /><br />Linda comeca de mim.<br /><p>Ela enconsta a vassoura na mania da Bernardo cruzando com a Sao Portugal.</p><p>Sim e uma esquina.Esquina de todos.</p><p>A ruazinha se dobra no fim da tarde.A piscadela delata tudo.Sao relatos de uma rua sem fim.</p><p>Toca o ponto.</p><p>E um palacio meio azulado, com plantas que sambam em estranhas esperas.</p><p>E a casa das 14 horas.Dizem que morreram la.Que de la sairam salvadores.</p><p>Que sairam vivos.Que e casa de recas e de donzelas.</p><p>De Covardes e guerreiros.As guerrias.Eram panelas durante o dia.</p><p>E a sombra ao mar dos contos.</p><p>Era e reza da maes irmas.Era o coito interropido.</p><p>Pela falta e pelo direito.Pela falta do direito de dizer que ja bastou.</p><p>Eu me intrigo porque as folhas farfalham no momento estranho.</p><p>Eu nao disse nada.Eu sinto cada clave formar.</p><p>Ate um buraco que mistura minha sede e confunde meu gargalo.</p><p>E sim.Eu gosto de pentear os telhados e andar nos azulejos portugueses e frios.</p><p>E acho que eles me aceitam encarnado.</p><p>Naquilo que um dia estiveram perdidos.</p><p>Que carreguemm no vento seus uivos.</p><p>Eu vim aqui pra saber da chave.</p><p>Ela trancou um seculo e nem se deu conta, de onde foi parar...</p>Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-51336944250795014082009-03-25T21:02:00.000-07:002009-03-25T21:52:43.628-07:00CISNEIsse...<br />Foi um tempo que rimou<br />Era um tempo que as coisas davam<br />O ritmo da sua mao velha, da tua perna velha...<br />A prata que saltaria do colo se nao fosse pelo peito que danca rindo por acaso<br />Meio que balangando, cajado que espia os anos tocando.<br />Foi deste medo que voce saiu<br />Eu sou a neta insegura das 6<br />Insegura e pelada, franzia esses musculos,<br />Pelada sem nenhum metro seguro...<br />Totalmente pelada.Nao nua!<br />E ela deitou este seu coracao metido no vermelho, e aceitou tudo, como se tudo fosse um punhado de farinha que alguem expressou por fim<br />Nisso, a carroca crua andava e nao dava sinal de querer chegar<br />Foram muitos anos de sal, fui muito tempo uma simples peneira<br />Foi-se ali sem saber quais e quais,...<br />Nu, corpo mural, mexido por acaso, na fila das almas que vem sem perseguicao...<br />Quem vem assim?Nunca ouvi isso antes.<br />Como sonhar sem deixar que as janelas te levem pra mim...<br />Isso existe?<br />Nao, eu continuo descascando milho, o som faz bem pra mim<br />Isse...<br />Eu faco melhor que todas...eu sou rapida!<br />Eu faco sim e ai dos olhos e seus miolos!<br />Ja fiz a noite.<br />E as velas subiam como meu desejo poente, e eu disse a ele...<br />Ia!Eu disse mais de duas vezes num mesmo suspiro...<br />Isse! eu rimei, eu desejei com tantas palavras.<br />Minha fe falava o tempo inteiro, eu gritei, eu gritava!<br />Eu gritei como uma vaca parindo<br />Eu gritei um tanto assim...olha minhas maos velhas...um tanto assim!<br />Um soco no peito, um pulada franca, uma expressao da epoca.<br />Eu plantei saude um ano inteiro, porque eu num nasci para ser muda<br />Ms eu sou o fruto disso tudo...<br />Sabe...eu adoro ser velha<br />Porque eu sou magica e vagabunda.<br />E se eu estou aqui parada vendo o ele se por estatico...<br />Essa vida me permitiu ditar tudo isso<br />Do mesmo jeitinho que me ensinou uns quatro seculos atras...meu gravador de sonhos<br />que toca, toca, toca, toca...<br />Eu namorava uma serpente<br />Hoje, cada voz eu mudo, eu aumento uma palavra<br />E um livro sem fronteiras, sem margem<br />Que me tirou de la e me trouxe aqui<br />e me devolve assim, como sendo daqui e pra la...eu como a mim mesma<br />Eu me como toda!E como viva pra nada escapar<br />E nos meus bracos...pelancas de amor, silencio e prata.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-29223804344013438332008-07-26T21:09:00.001-07:002008-07-26T21:26:19.285-07:00PECADO PALIDOEu o tinha para mim como a musica e a paisagem.<br />Eu sabia que tinha deixado minha sombra cair por ali, claro!<br />A doca e o mosquito, que saudade.<br />Foi retardada minha entrada.Nao tinha som e um homem invejoso eu acho, jogou em mim um espelho velho.<br />E meramente saudavel.Eu voltei para casa e chorei ate a corte e os reis voltarem.<br />Era tarde, mas eles vieram.<br />Era um soneto inteligente assim como era a bela jovem.Mas a camisa ainda guardava suas palavras duras de sofrimento e eu senti por assim dizer.Magoado com isso, sofri sozinho sem abajour.<br />Mas era azul palido, era sorte na vida aquele espelho.Minha filha estava sabendo da verdade.<br />E ela ia me julgar muito.Minutos e dias.Sabe-se la.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-74056849848254439382008-07-13T10:24:00.000-07:002008-07-13T14:04:12.780-07:00UNNEFER (O Caramelo Sagrado)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCmb7ROoa5NuUaxLl5Mw-exgShzA2-74TSeYmPrAQ_hWfkg8O4ljyxpz37bbRi2qA_FpdZ5hv0Kk9dbRciPV8nrkRQWZKf-4ZC7qLtSrMV3Sr_MpR2op_KiduosoY-1LuN1jvmVs2J3vg/s1600-h/uneffer.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 407px; height: 305px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCmb7ROoa5NuUaxLl5Mw-exgShzA2-74TSeYmPrAQ_hWfkg8O4ljyxpz37bbRi2qA_FpdZ5hv0Kk9dbRciPV8nrkRQWZKf-4ZC7qLtSrMV3Sr_MpR2op_KiduosoY-1LuN1jvmVs2J3vg/s320/uneffer.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222574200631768834" border="0" /></a><br />Oh!<br />Quantas paisagens perdi ali no momento do sol, hora que me pus a falar das horas e dos deuses que nao vivemos.E quanto sol se acabou no extremo das minhas paixoes.No fio dos meus passos.No silencio dos meus olhos que se renderam a luz do momento.Na estrada de rodas e coisas, enxerguei a saudade mergulhada num faraonico status e altar meu.<br />Multilado pelas cancoes frias e sem disciplina, talhei-me na pedra.Ah, a pedra!<br />Eu, que ergo meus bracos em todas as palavras, eu que me conformo em deitar nos dias lustrosos, quando as colinas vistas de fora, deixam sua metamorfose espalhada na imaginacao do mundo.<br />Dignei-me a devotar meu corpo e meu santuario em um caramelo sagrado.A cor que vibra e retorna as minhas verdadeiras inscricoes, e a minha consciencia.Deixei meus bracos escreve-lo, porque era de tanta luta aquela escrita e de tanta forma minha faca.<br />Quantos dias me peguei sedento por decorar meu papel, e imitar as pegadas das familias naturais, onde os labios primos dos buracos, muitas vezes mudos, dizem tudo e carregam em um segundo constante, a historia dos milenios.<br />E no rolar de agua e areia, salguei-me e vesti de dourado, com orlas brancas, com rajadas brandas, com brancos pessoais.Com meio cabelo, meio falso adorno, dei o toque da minha humanidade.E assim poderia entender porque usei do vigor dos bracos, para riscar na pedra.Meu papel nao era aquele.<br />Mas eu corro depressa, e volto para o mar como um peixe abatido.Com uma das maos na nuca e outra para o lenco sagrado eu espero meu retrato, estaria ele sendo feito pelo movimento do sagrado.E eu quero me ver, na esperanca de saber, qual e o meu melhor lado.<br />Sim, eu nasci de uma abertura nas bacias e canais, e de uma voz que fala mais," Abra teus bracos, entrega teu peito ao redondo do sol.Abra-te lento e constante, e confere o balanco que forma os teus, quando separados.Estais no equilibro quando prostras assim, porque tens em ti dois lados, o comeco e o fim.E agora, es um fruto julgado.Nao te aflijas, e para mim mesmo que te pinto.E para mim es um infinito desbocado.Um caramelo sagrado.<br />Entao eu me deformo em lamentos e constelacoes.Mil fatos correm aos metros.Ele me pintou de dourado!<br />E na tarde que se entregava a mim, despindo-se da geologia cosmica, tornando-se humanoide, se vingando das paixoes que passei, da paixao que lhe neguei, do ponto final que cometi.O vento que jorra e me fede de saudades, por de tras das linhas da palma e que ele le mesmo assim, sem ser dificil, sem calunias, e me entrega sem piedade aos homens e a fortuna.<br />Oh canta!<br />Ja sao horas de tarde incontrolavel.Oh! que meu sangue corre em dezespero pela cripta, que elevo meus olhos ao fim do ceu, e meus labios ao comeco do horizonte e permaneco como arma dos andes, cavalo dos anjos e pergaminho do tempo.Sentindo seu sopro e seu toque mutante.<br />Ah! Que sinais ilustres!Que potencia!Que milagre!Eis a sua missa Unnefer, o caramelo sagrado.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-26099053412017078222008-07-06T22:29:00.000-07:002008-07-06T22:51:04.610-07:00FRANCOISE melhor se calar,e latir daqui pra frente.<br />E melhor se entender com o passado, porque isso sabera lhe dizer as coisas.<br />E melhor voce tocar as paredes e mostrar que voce esta em alerta.<br />Alguns momentos nos tocam dessa maneira.Algumas mulheres tambem sentem essa necessidade.<br />E em algumas noites, eu me calei para nos salvar da sorte.<br />Em alguns momentos eu chorei pedras de gelo.<br />So que agora, isso nao importa mais...isso nao importa mais.<br />E melhor voce fazer o que disse sua mae.<br />E melhor voce se fazer de novo.E sabendo das falsidades, nao errar desta vez.<br />E melhor voce entrar, a chuva tambem sabe das coisas.<br />Alguns homens nos tiram a paz.Algumas mulheres nos dao a vida.<br />E em algumas orbitas mora o silencio que esperamos.<br />E em algumas noites, simplezmente aconteceu.<br />So que agora, isso nao importa mais...nada mais importa nesta hora.<br />E melhor se fantasiar de novo.E melhor se vingar mais tarde.<br />A furia ja passou, mas eu nao sinto meus pes.<br />E eu disponho de tanta forca.E eu sofri tanto.<br />E o valor do cheiro, dos meninos de tarde.<br />So eu posso sentir o que sinto.Sou eu o meu criador.<br />E o unico a se lancar e se interpretar novamente.<br />E melhor fugir do abismo e esquecer dele.<br />E melhor abrir as pernas e entender o filho.<br />E melhor saber das coisas, e fingir que o que sinto esta tao vivo.<br />E eu vivo sabendo das coisas desta vida.<br />So ele pode me dizer.<br />So ele poderia me dizer, agora que esta morto.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-11918681162554432362008-07-04T23:46:00.000-07:002008-07-06T22:54:25.679-07:00MAMADREOntem a noite conversamos pelo silencio.<br />Foi possivel fechar os olhos e sentir o cheirinho dos meus cabelos louros e molhados.<br />Voce esteve ao meu lado, eu sei.E eu sei!<br />Hoje o dia foi melhor e o trem correu me deixando para tras.<br />Obrigado Madre, aquelas lagrimas na fronte foi um coracao triste que tive.<br />Sim Mama, eu estava la chorando baixinho.<br />Portanto Mamae, essa palavra lhe cabe.<br />Ai, eu fiz essa cartinha, com frases de crianca, do jeitinho que voce me deixou.<br />Pela mesma porta entrego o meu hoje.<br />Aqui estao minhas flores.Esteja por perto.<br />Sinto muita saudade e ainda te espero..........<br />E com pautas e buracos digo adeus.<br />Viu!............................................................Nada.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-39359726267769400572008-06-22T22:17:00.000-07:002008-06-22T22:49:59.107-07:00O QUE ACONTECEUNao adianta falar de dor, no momento eu que ela se nega a fazer a partilha.<br />Nao adianta.Mas as lagrimas sao bem vindas, aos momentos em que senti-la.<br />Abra aquela coisa que eu te dei e faca do pequeno presente um simbolo desta vida.<br />O tempo amacou suas cartas, e os recados nao foram salvos.Eu sei.<br />Entao existe uma forma de compensa-los.Me abrace deixe que o tremer da face conclua se foi bom ou nao.Me toque e deixe o fato da luz abrandar sua noite hospedeira.E trate de limpar as manchas vermelhas como as maos do poeta vivo.<br />Venha para ca e sente-se nesta mesa.Sempre existe um vulto sob seus cabelos.Sempre ha sois sobre nossas almas.Sempre tem noite em nossa tristeza.Sente-se e conte doendo.Nao tem problema.Vai passar e nos sabemos disso.<br />O que aconteceu em seu cenario foi um espelho de verdades.Esta em um corredor paralelo.Do seu lado estamos ca, os dois.Do outro lado, estamos ca, os quatro.E quatro enxergam melhor, falam melhor, pensam melhor.<br />Entao, vamos andar pela garoa fina, imitar as estrelas na pretencao do brilho, andar como os andes na intencao do trilho e salvar nossos amigos do peito.<br />Esses sentimentos falam a verdade mentindo.<br />Pode sustentar sua verdade, mesmo vendo as cartas indo embora vento a fora.Pode ser o primeiro a gritar vendo entapetar-se o chao.Pode deitar no turbilhao de neuras e deixar que o diabo te carregue.Sim voce pode.<br />As cartas irao embora sempre, as letras permanecem ca dentre as paredes.<br />Voce pode acender essa vela, para entender o escuro.<br />Voce pode andar pela escuro e apreciar o turbilhao.<br />Nao importa.O amor sabe onde voce esta e sabendo onde, sabera como chegar.<br />O que aconteceu, so voce pode saber e meio choroso podera contar.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-7117274504308625422008-06-21T23:42:00.000-07:002008-06-22T11:54:19.482-07:00MAU TESTAMENTOPagai o mau com o mal - Crisma - Se alguem lhe bater de um lado, mete o braco na cara.<br />A nossa agua ta imunda - agua sagrada - afoga o sistema - a natureza morre - os animais se calam inocentes - tem gente que mata - tem gente que vende - mete a mao na cara dessa gente doente - e injuria - que perdao que nada - eu nao tolero - eu queria limpar o mundo - derrubar tudo - eu nao aceito - tai meu testamento - olho por olho, dente por dente - tem horas que a palavra e santa - tem hora que e sangrenta - pega desgracado que derruma amazonia - a faz das tripas um tridente - pega mal amado que mata bixo - e faz rimar no lixo - mas se cada mal no mundo tivesse um tapa no meio da cara - o mal dobrava no meio - eu nao aceito o que estao fazendo com o mundo - eu nao aceito o furto - o tiro - o setico vai tomar conta de tudo - e o milagre fica no fundo de um livro - eu quero assistir de perto o fim dessa gente - eu nao perdoo - porque o perdao atrasa o sonho - e acomoda agente - eu quero partir a cara do cara no meio - e ver de um lado o sangue escorrendo - do outro o nascer de uma nova semente.Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-10907371468903294312008-06-17T23:19:00.001-07:002008-06-21T10:23:03.188-07:00PAUTAVem ti vindo!<br />Se saberas tao pouco, ha um quarto de sonhos - se saberas, calei minhas estrelas presas como um no de garganta.<br />Calei os tons e estou aparentando mais que eternos poeiras.<br />Vem te vindo que eu quis esses caminhos prontos a andar.<br />Sondei longas horas da vida.Porque eu queria o calor.<br />Pinguei cada sangue entre os passos, marquei cada ira no meu caderno de pautas.<br />Eu nao aprendi a andar.<br />Vem que a garoa saiu desapontada enquanto que eu saia devagar.<br />Vem que te comeco no como.Que eu te posso no sereno, ouvindo cada silencio sufocado pelas paredes do acaso.<br />Vem te vindo, que eu te levo nas malas.<br />E no cair do meu peito.Como calvario doce.<br />Sao os joelhos que esgorregam pela escada.<br />E rolar sem sentido, partir sem sentimento.<br />Sozinho eu sou mais eu.<br />Sentado eu esquento os olhos.<br />Quando durmo, so tenho tempo para sonhar e assim dormir.<br />Talvez seja essa a unica forma de ir, em paz...Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-24237063246693864442008-06-15T21:51:00.000-07:002008-06-22T11:53:50.085-07:00PALAVRA DE AMOR E FOGO<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><b><i><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><br /><o:p></o:p></span></i></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É palavra de amor e fogo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">O fogo que me contorce de sereno e eu, rubro. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Braços e pernas tentam direções a soarem os ossos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Eu em um desespero de fogo tremo...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Tempero<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Abafo no canto da cama, sem sono, teso nos panos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">E no quarto, uma fila de desejos que não se cansam de esperar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Tudo bem vermelho.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Em carnes despejo meu veneno<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Meu corpo clama de sangria à pimenta<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">E que se ergam os seios. Que se apontem os dedos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">E que nasças do meu extremo desejo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Não ensaies hoje, não me toques como tolos perfeitos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É só com suor, calor e sem pretéritos que posso...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Que me deito, me enfeito e em teu, o meu encontro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É que são destroços seculares<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">A espera desse alguém a dar-me um jeito<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">A me comer por dentro<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É do grito, ao passo que em mim, vivo aflito de sentimentos. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Com as unhas cravadas, pintadas de negro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">E os olhos bem ardentes e suculentos, que palpitam cegos por entre os meios.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É pela minha pele voraz, que agora em pelos de morcego me assemelho a um bicho feroz e violento.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É pela minha voz, gruído que invento, de dentes rangendo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Sou eu este animal moreno, belo e meigo que sente e se dói.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Bancando o seco, maduro e feito de momentos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Morrendo de sede, no calor do ano que se inverte.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Sou presa fácil nas mãos que me entendem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">No coração em que medito existente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">No peito que sinto, nos ossos que me atacam.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Na inflama face de perto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Onde há corpo deserto?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Recheado de órgãos sangrentos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Segredos de buracos e esse hálito que tens como efeito<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">De um respiro quente, de um calor uníssono.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">De uma palavra fantástica que sai no transpassar de suspiros relentos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Como os líquidos que escorrem transparentes, de torrentes e torno alagado, presos por dentro, desgovernados.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">A palavra é de amor e fogo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Que agride meu algodão<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É o meu desespero <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">De ser teu alimento<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">De ter seu corpo denso deixado por quase que um acaso<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Abandonado nos meus braços ligeiros e ainda em tempo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Da gana que faz da minha traição, meu agito profuso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Meu encarar-te, no olhar molhado, luminoso de leopardo rosno.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Da lua marcada, em marte de terra vermelha e quente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Detento do meu caráter, detendo do meu contato maior.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">A carícia doce e o sabor salutar, <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Devasso-me inconsciente <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Que tanto me envolve e me benze<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Que nobre!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É a minha alma gigante pela alegria que me vende<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Em sentir tudo de novo como uma corrente de fogo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Como porta de um forno e uma febre doente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Incoerente, que mata o meu sono.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">O desejo e a vergonha que nunca se entendem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">As posições que se invertem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É a lua que se enverga ao seu poente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É a noite que me ataca, provoca e mente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">E a facção sob nossas moradas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">E a luz sobre nossas cabeças<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É a minha alma gigante pela alegria que me vende<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É o lençol do descanso no teu rosto que me comove<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">E nos seus olhos que se rendem ao cansaço e se fecham no espaço<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">Essa é a imagem que me pauta<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">E essa é a frase que me entende<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;">É a minha alma gigante pela alegria que me vende<o:p></o:p></span></p>Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-89402238337318328992008-06-14T23:06:00.001-07:002008-06-16T00:15:21.930-07:00CANCAO - " SOBRE OLIVIA "<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5CnKmMLIA7PbsDDhsUHw12OSOst1krE5QWjU7DzsFl_7F6gdEsxJWbSJrHu2ceAOO-sQXljIWtKwdqjwRupmFzG8xaaEgbpYUlLsIwNYi4EWGmolVUpGA28PJTdtFTnpkoS6Fw4kDSZ0/s1600-h/TK_paisagem.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 161px; height: 107px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5CnKmMLIA7PbsDDhsUHw12OSOst1krE5QWjU7DzsFl_7F6gdEsxJWbSJrHu2ceAOO-sQXljIWtKwdqjwRupmFzG8xaaEgbpYUlLsIwNYi4EWGmolVUpGA28PJTdtFTnpkoS6Fw4kDSZ0/s320/TK_paisagem.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211988921075380802" border="0" /></a></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >C</span><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >ANCAO.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Uma xicara havia se quebrado e ela nao tinha nenhum porque.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Sentada esperava uma senhora passar.<br /><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Sentia as notas que entravam ainda desconhecidas pela janela da nossa sala.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">De costas, ela soube quem entrava.<br /><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >O ceu azulado dobrava as cortinas brancas por onde passava sua calma.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Meu peito e minhas maos se falaram.Entao alguns dedos magicos tocaram minha existencia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >No fundo havia um verde sem fronteiras, e o portao ameacando abrir.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Andei.Segura de si.Pelo assoalho o fundo, levando na alma e na vida um tremor doido.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Meu coracao de prata surgia de um sol fascinante.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Sem tirar os olhos da imagem oculta, respirava como quem quizesse ser amada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Os ombros se torciam e as costas se mostravam sem mostrar.As maos profundas planejavam no proprio toque.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >A cada passo, uma roupa despencava do armario e eu sentia a mesma nudez dos seus olhos molhados – Eu sabia que voce tinha estado la e me sentia mais doce.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Ouvi a festa desaparecendo claramente enquanto que o timido frio burlava minha pele. Pintava as cortinas de movimentos incriveis trazendo a paz e calma de um falecido.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Minha cama cheirava saudade, e sem saber o porque, o branco estava adormecido.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Da torneira caia agua fresca e assim eu me deixava desperdicar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Da panela a saudade gritava alarmando os anos mudos.<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Das lagrimas surgiram sabedoria e palidez.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Nas ruas, andava perdida enquanto foi recente.<br /><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Era manha, e eu estava fresca como um fruto pronto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Eu sei – dizia minha melhor parte ao espelho maravilhoso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Eu rodava como uma cancao pequena e respeitava a ordem das minhas palavras.Rodava como o destino me criou.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >A casa era sadia e o ar se movia para os lados.Haviam seus dias, suas manias, seu sorriso no girassol.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Minha alegria em estar ali so cativou os bichos e entao<o:p></o:p> eu corria sem medo pelo azul e pelos brancos pra buscar dentro de mim, a tregua.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Sentia o frescor citrico e verde das relvas florais.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Quanto mais eu gargalhava, mais eu desbotava a paisagem.Minhas linhas se tornaram uma energia quimica.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Eu ria num choro seguro e sem dor.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >Nao era tarde para isso.Era o momento certo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >E o agora era assim.Eu podia ve-lo!E eu sabia.Ao ceu que me deitava todos os dias.Meu meio inquieto, as palavras longas, a saudade aspera no prazer de longas datas.<br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" >http://www.youtube.com/watch?v=bgoqv9Etq2I&feature=related<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Arial;font-size:8;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p>Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-39884956399109725972008-06-12T21:25:00.000-07:002008-06-12T21:26:33.969-07:00GRIZ<p class="MsoNormal"><u><span style="" lang="EN-CA">GRI<b style="">Z</b><o:p></o:p></span></u></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="EN-CA"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="EN-CA"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Quando eu olho para o ceu, o seu silencio doce me irrita.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">E que voce se ve solene, e pensa que em mim habita.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu vim aqui de cotovelos quentes e voce covarde so faz ventar!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Nesse silencio frio, nesses seus panos quentes!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">A vida e uma musica torpe, uma trapaca de misterios.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">E na fronte desliza cada magoa.Cada dia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Seu sistema e besta e isso me comove.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR"><span style=""> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Hoje meu coracao sangra como os fios do arame<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Guarda isso.Nada pode me parar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu dou de graca para quem quiser.E o seu decreto esta dado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu so quero gritar, olhando no fundo desse sol inutil.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu so quero ser derradeiro, e me deixar por conta dos sapatos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Agitando minhas palavras, na fissura dos meus ossos, inesperados olhos de ameixa que ficaram para tras.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Por favor, entao me deixe!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Quando eu olho para os seus, e um espelho maldito que se quebra!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">E eu sangro em sua frente, e voce, ali!Sem fazer nada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">E na estrada, pobre de figueira, a tua luz egoista fica so pra vc.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu nao sou filho de nada.Cada pai sabe onde esta seu filho.Quem ama desce!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Deixo essas palavras mal jogadas.Deixa que o mar me abata.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Porque sou eu, uma mulher desanimada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">O homem cravado na imagem da pedra.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Por mim, pulo esta vida e viro a pagina.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Grito mais alto que seu vento, e arrebendo meu corpo na agua.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu me jogo e me entrego na sua frente, contra tua forca.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Corto a estrada com uma faca e entrego meu anel a seus dedos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu nao quero mais nada<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">So quero provar do nada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Para crescer dos bracos pequenos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Sua terra tem obeliscos e eu os desprezo por inteiro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu estou lucido!Me deixe guarda!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Entao,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu me sinto do nada.Meu troco cresce.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">E agachado, eu choro e retinto perco meu talento.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Me castiga!E eu pinto de sangue sua orla.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Me mastiga com teu vento idiota!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Deixa eu acrescentar nos bracos um pedaco teu.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Deixa minhas historias frias tomarem seus dias e aos cavalos dar comida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Deixa Dalva me iluminar nas noites dos ternos e das meninas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Me deixa, que eu me movo pequeno nas praias dos panos quentes.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu so fui falar uma coisa, e acabei a tudo te dizendo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu vim la de casa...todos de alguma forma ja se foram...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">E os caminhos sumiram com o tempo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">Eu vim porque eu nao tinha nada pra fazer la fora<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;" lang="PT-BR">A nao ser assumir essa carta, e garantir aqui, esse meu mal momento.<o:p></o:p></span></p>Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1095761619822739441.post-17770124612319970192008-06-08T23:15:00.000-07:002008-06-15T00:32:09.810-07:00“ SOBRE OLIVIA” (Bach)<p class="MsoNormal"><span style="" lang="EN-CA"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTCMilewBA_XDMkKDuuIYAG5YUanWtbIh9A1fWGCoKpmhp2gGRs8AzgefDPh-JiXQ46GVovYyCjgZOBq05ZqBYxtOkJJ_xxWiLa_3zZbfi6agpeXkJWDOKVbHzHaJOUgKy1P7rojVMw_s/s1600-h/Baronesa.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 94px; height: 96px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTCMilewBA_XDMkKDuuIYAG5YUanWtbIh9A1fWGCoKpmhp2gGRs8AzgefDPh-JiXQ46GVovYyCjgZOBq05ZqBYxtOkJJ_xxWiLa_3zZbfi6agpeXkJWDOKVbHzHaJOUgKy1P7rojVMw_s/s320/Baronesa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209766065463433138" border="0" /></a></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Ela so falou por agora.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Olhava pela janela e ja experimentava um pouco dessa agua com ternura.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Nos olhos haviam enxertos de clamor e sede.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >A chuva sabia fazer as coisas e ela sabia coisas sobre seus dias.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >La fora, sentavam-se mais que velhos conhecidos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Naquele tempo, os cantos eram iluminados, as meninas usavam branco e os rapazes coravam.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Nao te pe</span><span style="line-height: 150%;font-family:Tahoma;font-size:9;" lang="PT-BR" >ç</span><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >o essa prece de joelhos, mas queria o bem da vida, de maos dadas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >La fora o vento ja faz tempo.Ela nao sabe por onde anda sua alma.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Agora os falecidos estao desbotados na gaze das alturas.O cinza e tenso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >O passado sabe tremer-lhe as pernas, entao ela tinge a cor dos cabelos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >O chao lhe parece incomum.Uma madeira comida pelo teto.Vestida de feio.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Mas ali, mal espalhado, esta esse tempo, e esse seu mundo que parece lhe entregar o destino, arredondado nos ultimos dias.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >“Coisas dificeis de entender”, disse ela, no suspiro de quem espera.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Entao, busca se acender no azul dos astronautas.No testemunho dos sapatos, no vinco dos pratos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Imagina coisas que nao teve, tal como a camisa bordada, tal como a colcha que a esperava deitada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Esperou pelo “ingles” dos olhos guardados.Esperou-o no sonho e naqueles cabelos louros.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Caminha agora jovem senhora, pelas familias e pelo escuro!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Olivia superou pela metade sabendo como eram as coisas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Mas hoje as canelas estao fracas e ela se sente chamada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >No vazio ha tantas coisas guardadas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Nos invernos, sua costas parecem se revoltar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >Tudo parece tao intocavel, quando um temporal cai la fora.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >E natural que seja assim.E fria as maos vazias.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >E carente a dor dos jovens.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >E fantastica a vida, mas a fabrica dos sonhos nao se move<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >E o coracao dos velhos, bate as vezes, so em poesia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><b style=""><span style="line-height: 150%;font-size:10;" lang="PT-BR" >El Queija.<o:p></o:p></span></b></p>Rafael Lourenzohttp://www.blogger.com/profile/12740555365634664664noreply@blogger.com2